17/07/2010

Obra inspirada nas Ruinas da cidade do Prado/BA

Ruína

Moro no mesmo endereço desde minha criação.

Pedra, cimento e tijolo forma essa estruturação.

Aqui vi muitos sonhos nascerem e acabarem e outros muitos virão...

Já fui prédio, tive fachada e outrora servi de repartição.

De tanto tempo aqui já criei aceitação!

Hoje estou cansada sem coração!

A minha vida nesse momento está em vão.

Na velhice estou quase toda no chão.

Hoje atendo pelo nome de ruína, coisa que não é boa não!

Sem teto, sem algumas paredes e sem cores novas não.

Só não tenho melancolia, pois aqui na minha vida não há solidão!


André G. Jardim

2 comentários:

Luana Lima disse...

Parabéns!!Adorei :)

Sol Almeida disse...

Que poesia linda, André! Muito bom você estar entre nós! Parabéns!